segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

OS/2: Funcionamento


O OS/2 tem arquivos de configuração semelhantes ao DOS, um Config.sys e um Autoexec.bat (usado apenas para as sessões DOS). Ele tem uma linha de comando com Dir, Copy, Del e outros comandos. Sua interface gráfica é muito parecida com a do Windows à primeira. Ele se parece superficialmente com o DOS principalmente em virtude do seu objetivo inicial de ser o substituto da IBM/Microsoft para o velho DOS. 

Para ela a memória é plana até 512 MB. Não vai a 4 GB por motivos de compatibilidade. Esta linha de comando conta com uma linguagem batch muito usada em mainframes, o REXX. Esta linguagem é semelhante em poder e facilidade ao Pascal. A sua integração aos recursos avançados do sistema é grande sendo capaz não só de funcionar em multithreading (em modo texto) com também pode usar objetos da interface gráfica e interagir com esta (estes recursos estão plenamente disponíveis desde 1992). Nem mesmo o Unix dispõe de uma linha de comando tão poderosa, uma vez que esta não é integrada satisfatoriamente à interface orientada a objetos (da qual a interface gráfica é apenas a parte visível). 

Como sistema de arquivos, por exemplo, ele usa o HPFS (embora possa usar normalmente e ao mesmo tempo a FAT) que é parcialmente orientado a objetos, capaz de se auto-desfragmentar e tem grande capacidade de recuperação a falhas e velocidade de localização de arquivos. Utiliza nomes longos reais. Existe ainda versão do OS/2 que usa a tecnologia Micro Kernel (das universidades Berkley/Carnegie Mellow) sendo capaz de realizar multiprocessamento até 64 processadores, alcançando uma escalabilidade apenas comparável ao do Unix. 

A interface gráfica é, talvez, seu ponto mais forte. Para se ter uma idéia apenas agora o Linux começa a se aproximar da Workplace Shell (nome da interface do OS/2 assim como Windows é o nome da do DOS) com os projetos KDE. A Workplace Shell foi a primeira interface gráfica totalmente orientada a objetos do mercado (seguida quase ao mesmo tempo pelo Unix Nextstep de Steve Jobs). 

A WPS funciona usando o CORBA, o que permite uma consistência de objetos inclusive ao longo da rede. Por exemplo, uma sobra (semelhante a atalho) no OS/2 pode ser criada em outra estação da rede e, mesmo neste caso, quando o objeto original é alterado (ícone ou configuração por exemplo) ou deletado o mesmo ocorre com a sombra. Além disso a implementação da interface sobre a CORBA permite um grau de integração entre aplicativos e extensões à interface de maneiras que não são possíveis em outros sistemas. 

O último ponto notável talvez sejam os aplicativos que o acompanham que podem atender à maioria das necessidades de um pequeno escritório além dos programas necessários para utilizar a Rede (Gopher, ftp, telnet etc). 

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